Cientistas brasileiros conseguiram criar o que pode ser um grande passo para resolver um enorme problema ambiental.
Uma folha de papel é resultado de um estudo que durou seis anos, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos. É o chamado papel sintético, que usa o plástico como matéria-prima, em vez da celulose.
A fabricação consome menos água e menos energia do que a do papel tradicional e praticamente qualquer embalagem plástica, jogada no lixo, pode ser aproveitada. O plástico é triturado e misturado a uma série de substâncias e vai para uma máquina, onde é submetido a altas temperaturas.
Depois de derretido, é resfriado e novamente picotado. O processo termina em outro equipamento, que funde os grãos para produzir o papel sintético, que tem outras vantagens.
"É resistente à água, resistente a intempéries em geral, ventos, raios ultravioleta”, afirmou o pesquisador Cristiano de Santi.
A ideia já foi testada em larga escala e patenteada. "Ele pode ser aplicado em outdoors, manuais, cartilhas, rótulos, etiquetas, livros", disse a coordenadora da pesquisa Sati Manrich.
Oitocentos e cinquenta quilos de plástico reciclado são necessários para produzir uma tonelada de papel sintético e, segundo os pesquisadores, a cada tonelada produzida, pelo menos 30 árvores deixam de ser cortadas.
Os estudos revelam que, se fosse aplicada em sala de aula, a novidade poderia aumentar a vida útil de livros e de cadernos. "É essa a questão, a reposição do material, a reconstrução, unir o que é dá para reutilizar", disse a professora Alessandra Lopes da Fonseca.
Ou seja, além de ser mais durável, a produção desse papel reduz a quantidade de lixo no planeta, ao invés de consumir árvores.
2.04.2009
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